segunda-feira, 28 de março de 2016

O CHOCOLATE PODE MESMO TE DEIXAR MAIS FELIZ, SAUDÁVEL E INTELIGENTE?

Não são poucas as citações na mídia sobre os benefícios do chocolate: desde uma vida mais calma até um coração mais saudável já foram atribuídos ao produto.

Alguns nutricionistas afirmam que comer chocolate amargo todo dia pode reduzir a pressão sanguínea e beneficiar o coração. Também dizem que pode evitar alguns tipos de câncer, derrames e até melhorar a memória.
A BBC fez uma avaliação das últimas provas a favor do chocolate e como seus efeitos podem ser comparados aos de algumas drogas.

O tipo importa?

"Atribuo todo meu sucesso essencialmente à grande quantidade de chocolate que consumo. Pessoalmente eu acho que chocolate ao leite te deixa estúpido... chocolate amargo é a chave.. É algo que, se você quer um prêmio Nobel de medicina ou de química, tudo bem, mas se você quer um prêmio Nobel de física, tem que ser chocolate amargo mesmo", já disse Eric Cornell, vencedor do Nobel de física em 2001.
Infelizmente a escolha de chocolate provavelmente não fará muita diferença quando se trata do prêmio Nobel, mas fica a questão: o chocolate amargo é mesmo o melhor?
Os supostos benefícios do chocolate para a saúde e o cérebro são atribuídos, principalmente, aos antioxidantes encontrados no cacau. No entanto, pelo fato de o cacau ser amargo, frequentemente se adiciona leite e açúcar para fazer o chocolate, diluindo o conteúdo de antioxidantes.
Também é preciso lembrar dos problemas causados pelo consumo de grandes quantidades de calorias e açúcar.
Então a mensagem é: se você come chocolate, escolha o amargo, escuro. O ideal seria o que tem 85% de cacau ou mais, que possui menos gordura e açúcar do que o chocolate ao leite.

Quais drogas o chocolate imita?

O cacau tem pequenas quantidades de alguns estimulantes que são encontrados em várias drogas legais e ilegais.
O "chocolatier" belga Dominique Persoone criou um um dispositivo que disparava cacau diretamente no nariz do usuário. Ele afirma ter vendido 25 mil unidades do dispositivo, que não era barato (45 euros, cerca de R$ 185), e a embalagem vinha com alerta sobre riscos do uso excessivo.
Parece pouco provável que o chocolate realmente imite os efeitos das drogas, mas ele possui algumas substâncias químicas presentes em algumas drogas.


1.Ópio

O chocolate pode afetar o cérebro de uma forma parecida com o ópio, reduzindo a dor e produzindo prazer, apesar de ser bem mais fraco.
Isso ocorre graças ao neurotransmissor encefalina. Estudos em ratos indicam que a quantidade de encefalina produzida quando se come chocolate é o bastante para criar um efeito suave e levar ao vício.
Apesar de especialistas acreditarem que isso também se aplique a humanos, ainda não há provas.

2.Amor

O cacau pode imitar o efeito do amor, segundo alguns especialistas, pois contém a substância química feniletilamina, liberada nos primeiros meses de um relacionamento.
Isso faz com que a pessoa se sinta excitada e nervosa e pode funcionar como um antidepressivo.
Existem apenas pequenas quantidades da substância no chocolate e há dúvidas se ela permanece ativa quando o chocolate é ingerido. Portanto ainda não se sabe com certeza se a pessoa sente mesmo esse efeito.

3.Maconha

O chocolate tem pequenas quantidades de anandamida, conhecida como a "molécula da felicidade".
Este neurotransmissor atinge as mesmas estruturas cerebrais acionadas pelo THC, o ingrediente ativo da maconha.
No entanto, para ter um impacto substancial no cérebro, a pessoa precisaria comer vários quilos de chocolate, então não é provavel que o chocolate afete o humor da pessoa.


4.Álcool

O chocolate tem um grupo de alcaloides neuroativos conhecidos como tetrahidro-beta-carbolinas, que também podem ser encontrados na cerveja, vinho e outras bebidas.
Essas substâncias elevam nossos níveis de dopamina e serotonina - têm, portanto, um efeito no humor. E podem explicar o poder viciante do chocolate.
O chocolate, contudo, possui quantidades reduzidas de tetrahidro-beta-carbolinas e são necessárias mais pesquisas antes de concluir que há impacto no humor.

5.Café

O cacau tem cafeína e é possível encontrar um pouco deste estimulante no chocolate. Quanto mais amargo o chocolate, maior a quantidade de cafeína.
Mas as quantidades de cafeína são mais baixas em todos os tipos de chocolate, incluindo o amargo, do que no café.
O cacau também tem teobromina, que produz um efeito estimulante quando combinada com cafeína.

Melhora o desempenho do cérebro?

Estudo publicado recentemente envolvendo cerca de mil pessoas descobriu a ligação entre comer chocolate - não importando o tipo - pelo menos uma vez por semana e uma melhora na memória e raciocínio abstrato.
Há razões para otimismo, mas a pesquisa não apontou categoricamente se comer chocolate foi a causa da melhora.
Em outra pesquisa recente, descobriu-se que uma substância química encontrada no cacau e no chocolate reduz a perda de memória relacionada à idade em adultos de 50 e 69 anos.
O estudo apontou que o antioxidante flavonol (uma classe de flavonoides) aumenta o fluxo sanguíneo para uma região do cérebro que promove a memória. Cientistas estão animados com a descoberta, pois é o primeiro indicador de que a dieta pode reverter o declínio na memória e também reduzir a perda da memória.
Depois de consumir bebidas enriquecidas com estes flavonois por três meses, o desempenho das pessoas neste grupo de idade em um teste de memória foi equivalente ao desempenho de pessoas várias décadas mais jovens.
No entanto, apenas comer mais chocolate não vai proteger a memória, pois métodos usados para processar o chocolate costumam remover a maior parte dos flavonois.
Uma barra de chocolate típica tem 40 mg destes flavonois, e a bebida usada na pesquisa continha 900 mg. Seria necessário comer quantidades enormes de chocolate para obter algum benefício.

E a saúde?

Acredita-se que os antioxidantes encontrados no cacau possam ter efeitos antiinflamatórios, melhorando o fluxo sanguíneo e diminuindo o risco de doenças cardiovasculares.
Algumas pessoas também afirmam que o cacau protege contra o câncer e reduz o estresse.
Mas há a questão da validade de estudos que ligam o cacau à diminuição da pressão sanguínea, e se há algum efeito para a saúde depois que o cacau é transformado em chocolate.
Em 2012, uma análise das melhores provas dos efeitos do cacau na pressão sanguínea concluiu que alguns produtos do cacau, incluindo chocolate amargo, diminuem levemente a pressão. A análise apontou, porém, a necessidade de mais comprovações.
"Se você está com um peso saudável, comer chocolate com moderação não aumenta o risco de doença cardíaca de forma detectável, e pode até ter algum benefício. Eu não aconselharia meus pacientes a aumentar o consumo de chocolate com base nesta pesquisa, particularmente se estiverem acima do peso", disse à BBC o especialista independente Tim Chico.

BRASIL E PORTUGAL REÚNEM-SE EM LISBOA PARA DISCUTIR SOBRE A CRISE

Boa parte das atenções relativas à crise brasileira estará voltada para Portugal nesta semana. Entre a terça e a quinta-feira, Lisboa vai receber o IV Seminário Luso-Brasileiro de Direito, um evento originalmente de âmbito acadêmico, mas que acabou por se tornar o centro de uma controvérsia política nos dois lados do Atlântico.
O encontro é organizado pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) ─ que tem entre os seus fundadores o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes ─ em parceria com a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. O tema não poderia ser mais atual: Constituição e Crise: A Constituição no contexto das crises política e econômica.
A polêmica em torno do seminário, no entanto, não diz respeito ao assunto que será debatido, mas sim aos seus participantes. Algumas das principais lideranças a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff aceitaram o convite para palestrar ou discursar, assim como parte da elite política portuguesa.
Do lado brasileiro, foram anunciadas as presenças do senador tucano Aécio Neves e do ex-governador paulista José Serra, também do PSDB, além do vice-presidente Michel Temer, do PMDB.
Além disso, foram confirmados os nomes do ministro do STF Dias Toffoli, do presidente do Tribunal de Contas da União, Aroldo Cedraz, e do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. Entre os governistas, somente o senador petista Jorge Viana e o ex-advogado-geral da União Luiz Inácio Adams foram convidados.
Nos últimos dias, o vice-presidente Michel Temer e o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, anunciaram que não viajariam mais à capital portuguesa.
Já entre as lideranças portuguesas, foram anunciadas as participações do ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, do ex-vice-primeiro-ministro Paulo Portas e do recém-empossado presidente da república, Marcelo Rebelo de Sousa, responsável pelo discurso de encerramento do seminário. Todos ligados à centro-direita.
Assim que a lista de participantes começou a circular pela imprensa dos dois países, setores da situação no Brasil passaram a tratar o encontro como uma 'desculpa' para que líderes da oposição se reunissem no exterior para debater sobre o impeachment da presidente Dilma e um possível governo de Temer.
A data do início do seminário, 29 de março, também foi muito comentada, pois coincide com o prazo estipulado sobre a decisão do PMDB de seguir ou não na base governista.
A polêmica no Brasil repercutiu negativamente em Portugal. Pouco depois, tanto o presidente Rebelo de Sousa quanto o ex-premiê Passos Coelho indicaram que não participariam mais do congresso.
A justificativa oficial em ambos os casos é a de que existe um conflito de agenda, mas analistas políticos portugueses acreditam que a decisão se deve às controvérsias sobre a verdadeira finalidade do encontro.
"Não há dúvidas de que eles desistiram de participar por causa da maneira como o seminário tem sido tratado pela mídia e o governo brasileiro. Nem o presidente nem o ex-premiê querem correr o risco de ficar associados a uma iniciativa que possa ser entendida como um ato político da oposição", afirma à BBC Brasil o cientista político luso António Costa Pinto.
"O Brasil passa por um momento muito delicado, e a elite política portuguesa vai adotar um posicionamento muito pragmático diante do atual cenário", explica.
Na opinião de Costa Pinto, uma eventual participação da liderança política portuguesa teria uma implicação direta nas relações entre Brasil e Portugal.
"A presença do presidente Marcelo certamente seria encarada pela presidente Dilma e a situação brasileira como uma ação hostil, e justamente por isso ele desistiu. Já Passos Coelho planeja ser primeiro-ministro novamente e, por isso, não tem nenhum interesse em ficar associado a esse encontro", afirmou.
Já o comentarista político luso José Adelino Maltez entende que a presença no encontro seria um risco desnecessário para um presidente que tomou posse há menos de um mês.
"Num momento de elevada tensão, a presença de Rebelo de Sousa poderia ser vista como um apoio aos defensores do impeachment, e isso não seria nem um pouco interessante para ele", explica à BBC Brasil o professor da Universidade Técnica de Lisboa.

Ainda assim, brasileiros que vivem em Portugal prometem realizar um ato de apoio a Dilma Rousseff em frente à Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, sede do seminário. O protesto está marcado para começar às 9h (5h de Brasília) de terça-feira, pouco antes do início das palestras.
Ouvidos pela BBC Brasil, os manifestantes afirmaram que o ato tem como objetivo aproveitar a presença de José Serra e Aécio Neves para "exigir a normalidade democrática contra um golpe travestido de impeachment" no Brasil.
A mobilização do grupo está sendo feita por meio das redes sociais, e centenas de brasileiros anunciaram a intenção de participar.
Nas últimas semanas, grupos favoráveis e contrários ao impeachment da presidente realizaram protestos na capital portuguesa. Ambos os casos despertaram um forte interesse da imprensa local.
Tanto o anúncio do seminário como suas implicações políticas têm repercutido nos últimos dias nos meios de comunicação portugueses. Emissoras de TV, rádios e jornais locais foram os primeiros a questionar a presença de autoridades do país europeu em um ato tratado no Brasil como político e não acadêmico.
"O Brasil é um parceiro estratégico e importantíssimo para Portugal, então naturalmente já gera muito interesse na imprensa local. Quando falamos de uma situação que pode influir nas relações entre os dois países, esse interesse aumenta ainda mais", explica Costa Pinto.
Em Portugal desde a semana passada, o próprio Gilmar Mendes conversou com a mídia para refutar a ideia de que exista um viés político no seminário.
O ministro do STF, responsável pela decisão que suspendeu a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na Casa Civil argumenta que as notícias veiculadas nos dois países tratam de uma "falsa polêmica".
Um dos organizadores do congresso, o professor português Carlos Blanco de Morais, da Universidade de Lisboa, também veio a público defender o âmbito acadêmico do encontro.
"Algo que está sendo organizado há meses não pode, de repente, ser manipulado por uma questão meramente conjuntural da política brasileira. Isso não passa de uma coincidência", afirmou, em entrevista à agência de notícias local Lusa.
Para os analistas locais, no entanto, mesmo que o seminário tenha sido concebido de maneira estritamente acadêmica, a abordagem política que recebeu nos últimos dias não pode ser ignorada pelos líderes portugueses.
"Não acredito que esse encontro tenha sido planejado com outros fins que não os apresentados por seus organizadores, mas isso não significa que o momento e o contexto em que ele acontece devam ser ignorados", defende António Costa Pinto.
"A situação é delicada, e um movimento em falso pode interferir nas relações entre Brasil e Portugal. O próprio presidente português já se negou anteriormente a comentar sobre a crise brasileira e assim deve ser. Esse é o momento de a elite política lusa observar à distância o que acontece no Brasil", conclui Adelino Maltez.

quinta-feira, 3 de março de 2016

QUAIS PASSAPORTES ABREM MAIS PORTAS PELO MUNDO? BRASIL É O 21º DA LISTA


Um passaporte brasileiro hoje é isento da obrigatoriedade de visto em 153 países, o que faz do documento de viagem o 21º mais aceito do mundo, segundo a edição de 2016 do Índice de Restrições de Vistos - um estudo preparado em conjunto pela consultoria Henley & Partners e a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).
A Alemanha é o país cujo documento de viagem "abre mais portas" ao redor do mundo - 177 países, seguido da Suécia (176). Finlândia, França, Itália, Espanha e Reino Unido ficaram empatados no terceiro lugar.


Cenário:


Na América Latina, o Chile tem o que se pode chamar de "melhor passaporte" e ficou em 19º lugar na lista geral de mais de 100 nações. Em 2014, o Chile passou a ser o primeiro país da região a fazer parte de um programa de isenção de vistos de entrada nos Estados Unidos, o VWP.
O segundo país latino-americano mais bem colocado é o Brasil. Em 2008, os brasileiros podiam entrar sem visto em apenas 127 países; hoje podem em 153. Os brasileiros ainda precisam de visto para países como, por exemplo, China, Austrália, Índia, Japão, Indonésia, Cuba e Estados Unidos.




No outro extremo do ranking ficaram Iraque e Afeganistão, cujos passaportes só são aceitos sem visto em 30 e 25 países, respectivamente.
Passaportes Britânicos são aceitos sem vistos em 175 países.
Mas o que explica o cenário em que alemães podem praticamente dar uma volta ao mundo sem visto, mas não iraquianos?

Os passaportes que abrem mais portas
PosiçãoPaísNúmero de isenções de visto
1Alemanha177
2Suécia176
3Finlândia, França, Itália, Espanha, Reino Unido175
4Bélgica, Dinamarca, Holanda e EUA174
5Áustria, Japão, Cingapura173
19Chile155
21BRASIL, Bulgária e Romênia153
22Andorra e Argentina152
28México139
29Taiwan e Uruguai137
32Venezuela132
50Colômbia103
102Iraque30
103Afeganistão25
A resposta inclui uma série de fatores, segundo Amanda Philp, diretora de publicações da Henley & Partners. A começar pela situação internacional de um país e suas relações com outras nações.
"Os principais critérios de expedição de visto levam em consideração segurança e economia", disse Philp à BBC Mundo.
O passaporte brasileiro é o 21º mais aceito.
"Mas eles também se baseiam em relações históricas e diplomáticas, incluindo tratados, bem como o comércio entre as nações".
Todo os países da América Latina viram a quantidade de países em que seus cidadãos podem entrar sem visto crescer, e isso está dentro de uma tendência global.
Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), o percentual da população mundial que precisa de um visto tradicional para viajar caiu de 77% em 2008 para 64% em 2013.

ONU CRIA MEDIDAS PARA ISOLAR A COREIA DO NORTE - PYONGYANG SERÁ ISOLADO DO RESTO DO MUNDO


O mundo está contra Pyongyang, ditador da Coreia do Norte.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou nesta quarta-feira uma nova série de duras sanções contra a Coreia do Norte pelos últimos testes nuclear e balístico realizados pelo regime comunista.
Esta resolução do Conselho, apresentada pelos Estados Unidos e adotada por unanimidade pelos 15 membros do organismo, inclui a China, único aliado de Pyongyang.
O presidente americano, Barack Obama, saudou nesta quarta-feira a adoção das sanções, e estimou que isso envia a mensagem de que Pyongyang deve abandonar seu programa de armas de destruição em massa.
A resolução unânime do Conselho é uma "resposta firme, unida e apropriada da comunidade internacional" aos últimos testes nuclear e balístico realizados pelo regime comunista, disse.
"A comunidade internacional, com uma só voz, enviou a Pyongyang uma mensagem simples: a Coreia do Norte deve abandonar estes perigosos programas e escolher um caminho melhor para seu povo", acrescentou o presidente.
A embaixadora americana nas Nações Unidas declarou ao Conselho que, enquanto o povo norte-coreano sofre de fome, Pyongyang embarca em uma corrida armamentista.
Esta corrida representa "uma ameaça extraordinária e crescente para a paz e a segurança", insistiu Samantha Power.
O embaixador sul-coreano Oh Joon disse que Pyongyang gastou 4 bilhões de dólares em seu programa bélico e argumentou que este dinheiro poderia ter coberto "40 anos" de ajuda humanitária.
"Simplesmente dói em mim, dói em todos, pensar como o regime foi desenvolvendo armas com pessoas que passam fome", acrescentou.
Pela primeira vez, países membros da ONU deverão inspecionar todas as mercadorias provenientes de, ou com destino à Coreia do Norte.
Também deverão proibir os navios suspeitos de transportar cargas ilegais para a Coreia do Norte façam escala em seus portos.
A resolução também impõe mais restrições às exportações norte-coreanas para limitar a capacidade do regime de financiar seus programas militares. Proíbem as exportações de carvão, ferro, minério de ferro, ouro, titânio e outros minerais da Coreia do Norte.
As sanções também incluem o fornecimento de combustível para aviões e foguetes.
Por outro lado, os Estados membros da ONU deverão expulsar os diplomatas norte-coreanos envolvidos no contrabando ou qualquer outra atividade ilegal.
Relógios de luxo, motos, embarcações e outros artigos de luxo não podem ser vendidos à Coreia do Norte, uma medida que se dirige à elite de Pyongyang.
Estas sanções "estão entre as mais duras adotadas contra um país", declarou, por sua vez, o embaixador britânico Matthew Rycroft. "Marca uma mudança significativa de postura no Conselho de Segurança", acrescentou.
As negociações entre os Estados Unidos e a China duraram sete semanas para chegar a um acordo sobre o pacote de sanções, mas o impacto real das medidas dependem em grande parte de como Pequim as implementará.
O Japão e a Coreia do Sul também pressionaram os membros do Conselho em favor de sanções mais fortes do que aquelas em vigor desde 2006.
A China teme que exercer mais pressão sobre o regime possa causar o seu colapso e criar o caos na sua fronteira.
As negociações sobre um aumento das sanções coincidiram com o anúncio da Coreia do Sul e dos Estados Unidos de planos para implantar um novo sistema de defesa antimísseis na península coreana.
"Os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão pararam de externalizar através da China sua política em relação a Coreia do Norte", considera Roberta Cohen, especialista em Coreia do Norte no Brookins Institution.
A partir de agora o tão polêmico Pyongyang será integralmente isolado do resto do mundo. Transações financeiras com a Coreia do Norte serão interrompidas, assim como, importação/exportação de materiais químicos que possam levar à fabricação de armamentos e de produtos de luxo. 

terça-feira, 1 de março de 2016

ANO BISSEXTO - CURIOSIDADES - ENTENDA O ANO BISSEXTO

   Na atualidade, é supernormal as pessoas não terem o conhecimento sobre o famoso ano bissexto, pois citarei 5 curiosidades;
365,2422 dias - é este o tempo que a Terra leva para dar uma volta completa em torno do Sol.
   No atual calendário ocidental, adotado no final do século 16, um ano tem 365 dias. Para manter nossos relógios em sincronia com a Terra e suas estações, os 0,2422 que sobram - ou 5 horas, 48 minutos e 46 segundos - são somados, resultando em um dia extra a cada quatro anos.
   É o que ocorre neste ano de 2016, que terá 366 dias.
Veja cinco curiosidades sobre anos bissextos:
1. A culpa é dos romanos
   Sob o domínio de Júlio Cesar, no primeiro século a.C., astrônomos receberam a tarefa de melhorar o calendário romano antigo, que tinha 355 dias por ano com um mês extra de 22 dias a cada dois anos. Acreditava-se que o calendário havia se desencontrado completamente das estações.
   Assim foi criado o ano de 365 dias, com um dia a mais em alguns anos para incorporar as horas extras - dando origem ao ano bissexto.
   O mês que levava o nome do estadista - julho, que antes era "quintilis" - tinha 31 dias, enquanto agosto, que antes era conhecido como "sextilis", tinha apenas 30.
   De acordo com os escritos de um acadêmico parisiense do século 13 chamado Sacrobosco, quando Augusto virou o primeiro imperador do recém-estabelecido Império Romano, ele queria um mês dedicado a ele - e um que tivesse a mesma importância para Julio César.
   Então fevereiro, que tinha 29 dias ou 30 nos anos bissextos, passou a ter 28 dias - o dia "perdido" foi para o mês de agosto, que ficou com 31.
   Houve outros ajustes ao longo dos anos.
   Em 1582, foi elaborado o Calendário Gregoriano, que definiu novas regras para o cálculo dos anos bissextos. A parti daí, seriam bissextos apenas os anos múltiplos de 400 e os múltiplos de 4 e não múltiplos de 100. Exemplo de anos bissextos: 2000, 1600, 2016, 2012, 2004. Exemplo de anos não bissextos: 1700, 1800 e 1900.
2. Revolução dos trabalhadores
   Se você ganha por mês, anos bissextos são más notícias.
   Tecnicamente você está trabalhando um dia a mais sem receber por isso, já que o salário anual é o mesmo em anos com 366 dias.
   Mas há um tema mais complexo por trás disso, já que avaliar o impacto econômico em anos bissextos é complicado.
   A maioria das pessoas que lidam com estatísticas usa números arredondados para medir variáveis econômicas, como PIB, para fazer todos os fevereiros comparáveis.
   Então fevereiro é considerado um mês com 28 dias acrescido de um quarto de um dia todo ano, sendo bissexto ou não.
   Isso levou um professor de ensino médio de Maryland a dar início à "Revolução Sem Trabalho em Ano Bissexto" em 2008, embora a campanha ainda não tenha se materializado em um feriado extra por ano em nenhum lugar no mundo, como ele defende.
   Alguns também poderiam dizer que trabalhadores recebem mais do que deveriam em fevereiro, já que esse mês é mais curto que os outros.
   Mas a ideia de compensar por uma perda econômica de ter um dia extra no ano existe há cerca de um século.
   Entre as alterações do calendário atual que foram propostas durante os séculos, uma das mais populares foi o chamado "Calendário Mundial", criado em Nova York em 1930, que queria mudar o 29 de fevereiro (do ano bissexto) para 31 de junho e transformar a data em feriado mundial.
3. Resoluções de ano bissexto
   De forma mais modesta, pequenas "revoluções" estão sendo feitas por pessoas que agem para "retomar o dia" e gastam as horas extras com trabalhos voluntários e ajudando os outros.
   "Doe seu dia a mais para caridade", diz a instituição Easyfundraising.org e muitas outras, principalmente na Europa e nos EUA.
   Há campanhas para fazer as pessoas doarem, participarem ou arrecadarem fundos para diferentes causas, de pesquisa sobre câncer a atividades de extensão em universidades.
   A chave, dizem as instituições de caridade, é que os chefes concordem em dar aos empregados o pagamento do dia 29 - mas, nem precisa dizer, quase nenhum quer fazer isso.
   No Twitter, participantes estão usando a hashtag #ExtraDay (dia extra) e #LeapDay2016 (Dia bissexto 2016) para dizer o que estão fazendo.
   Além da filantropia, outros usam o dia extra para agilizar planos de negócios atrasados.
   Este ano, a agência de marketing digital escocesa Attacat tentará fundar uma nova empresa, do zero, em um único dia. Os funcionários não vão saber o que o que será a nova empresa até chegarem ao trabalho hoje.
   "Como muitos empreendedores, tive muitas ideias de start-ups ao longo dos anos, mas nunca tive tempo para colocar as ideias em ação... então tive essa ideia", diz Tim Barlow, diretor-gerente.
   "E não estamos falando sobre algo que está aqui hoje e não estará amanhã. Estamos nos esforçando para criar um negócio que dure."
4. Feliz aniversário - a cada quatro anos
   Quando falamos sobre esta anormalidade do calendário, fica claro que os mais afetados por isso são os aniversariantes de 29 de fevereiro.
   Eles só podem comemorar o aniversário "mesmo" a cada quatro anos. Muitos se acostumaram a comemorar no dia 28, mas dizem que não é a mesma coisa.
   "Quando criança, era um problema. Agora me acostumei e acho divertido quando conto para os outros", disse à BBC o grego Dimitrios Michalopoulos.
   As chances de nascer no dia 29 de fevereiro são relativamente pequenas - 1 em 1.461.
   Atualmente, cerca de 4,1 milhão de pessoas fazem aniversário neste dia.
   O cartunista Jaguar, o compositor italiano Rossini, o papa Paulo 3º e o rapper Ja Rule são algumas figuras públicas nascidas neste dia.
   A boa notícia é que todos os bebês nascidos no dia 29 podem ter uma festa para ele na cidade de Anthony, no Texas (EUA).
   A autoproclamada "Capital do Ano Bissexto" tem um festival de quatro dias que inclui um grande jantar de aniversário para os nascidos em 29 de fevereiro.
5. Mulheres de joelhos
   Em alguns países, anos bissextos são associados a rituais e crenças - muitos tem a ver com casamentos.
No séc. 19, mulheres eram incentivadas a fazer pedidos de casamento com cartões postais (Foto: BBC)No séc. 19, mulheres eram incentivadas a fazer pedidos de casamento com cartões postais (Foto: BBC)

   Na Grécia, por exemplo, casais evitam se casar em anos bissextos porque eles acreditam que isso traz azar.
   Mas, em vários outros países, o dia 29 de fevereiro é conhecido como aquele em que mulheres pedem homens em casamento.
   O costume não chegou no Brasil, mas se popularizou no século 19. Mulheres eram incentivadas a fazer pedidos com cartões postais, mas as origens da tradição não são tão conhecidas.
   Dizem que a tradição vem do século 5, quando uma freira irlandesa chamada Santa Brígida reclamou com São Patrício que as mulheres tinham que esperar muito até que os pretendentes fizessem os pedidos.
   A lenda diz que São Patrício expediu um decreto que deu às mulheres o direito de fazer o pedido a cada quatro anos.
   Outra história, mais duvidosa, diz que a tradição vem de uma antiga lei escocesa.
   A rainha Margaret da Escócia estaria por trás de uma lei de 1288 que permitiu que mulheres solteiras tivessem a liberdade de fazer pedidos de casamento durante o ano bissexto; os homens que recusassem eram multados. Mas acadêmicos não encontraram provas desta lei em suas pesquisas.
   Alguns veem esta ligação de pedidos de casamento com ano bissexto como um símbolo das mulheres por direitos iguais aos homens, enquanto muitos acham o contrário, como uma forma de reforçar os papéis tradicionais de gênero.
   Em 1904, a colunista Elizabeth Meriwether Gilmer, uma das mais populares jornalistas mulheres de seu tempo, escreveu: "Uma prerrogativa para as mulheres nos anos bissextos, como a maioria das suas liberdades, é apenas uma zombaria glamourosa".